2015

Artistas convidados

A autora convidada de 2015: HELOISA PRIETO

A paulistana Heloisa Prieto, escritora apaixonada pela literatura desde os tempos em que contava histórias para crianças pequenas na Escola da Vila de SP, é nossa autora convidada deste ano!

Estamos super felizes de tê-la novamente conosco (ela foi nossa autora convidada pela primeira vez em 2003), através de sua obra e, mais adiante, no final de maio, com sua presença na Feira do Livro da Escola.

Todos os alunos, da educação infantil e do ensino fundamental estarão durante este 1º trimestre, lendo seus livros (já são mais de 50!) e curtindo suas histórias.

HeloisaPrieto

 

 

 

 

 

 

 

 

Nasceu em 1954. Fascinada pela obra de Edgar Allan Poe, Maupassant e Balzac, dedicou-se à escrita e pesquisa da literatura gótica. Este interesse também a influenciou em outras artes: a autora é fã de bandas como Led Zeppelin e The Doors e obras de artistas como Hieronymus Bosch, Gustave Doré, Edmund Dulac e Moebius.

Doutora em literatura francesa (USP), mestra em comunicação (PUC-SP), ela se divide entre escrever, traduzir, coordenar coleções e ministrar oficinas de criação literária para crianças e adolescentes na Universidade do Livro (Unesp).

Heloisa Prieto foi criada sob duas fortes influências principais: a do pai, de origem espanhola e sempre cercado de livros; e a da mãe, baiana mais afeita à tradição oral, apreciadora de histórias contadas em volta da fogueira.

Mas além dessas, ela teve contato, através de outros parentes, com as culturas africana, japonesa, xavante, alemã e inglesa, e seus livros expressam a riqueza desse “caldeirão” cultural, retrato do nosso país, sempre valorizando a pluralidade de costumes e pensamento.

Tem publicado com várias editoras e para os públicos infantil e juvenil. Dentre suas obras mais conhecidas, podemos citar:

  • Cia das Letrinhas: Duendes e gnomos (seu 1º livro/1992), Heróis e guerreiras (1995), Lá vem história (1997), Lá vem história outra vez (1999), Monstros e mundos misteriosos (1999), Divinas aventuras (1997), Divinas desventuras (2009), Divinas travessuras (2012), O livro dos medos – org. (1998), Mata – contos do folclore brasileiro (2000), Terra (2000), O Jogo da Parlenda (2005), Vó coruja (2014), em parceira com Daniel Munduruku, De todos os cantos do mundo (2009), em parceria com Magda Pucci, Esconderijo (2010), O Estranho Caso da Massinha Fedorenta (2015)
  • Cosac Naify: A cidade dos deitados (2008)
  • Rocco: Lenora (2008), Anita Garibaldi – estrela da tempestade (2003)
  • Ática: O cachorro que sabia dar risadas e outras histórias de crianças e cachorros (2001), A loira do banheiro (2008), A panela da paz (2008), A guerra dos gatos contra a bruxa da rua (2006), Coleção Mano descobre…, em parceria com Gilberto Dimenstein (a/p de 2003), Horror, humor e quadrinhos (2011), A língua do contrário (2011), A dona da bola e a dona da história (2010), O super herói e a fralda (2010)
  • Moderna: A tábua de esmeraldas (2007), em parceira com Paulo Bloise, O grande combate (2012), Dragões Negros (2011), O imperador amarelo (2011)
  • Edelbra: O jogo dos tesouros (2014), As três faces da Moeda (2014)
  • Leya: Contos Musicais (2014), em parceria com Magda Pucci
  • Papirus: Os Sete Arcos de Iris (2014)
  • Escrita Fina: A vida secreta de Merlim (2011)
  • Brasil: Magos, fadas e bruxas (2010)
  • FTD: A princesa que não queria aprender a ler (2009)
  • Projeto: Lobo de Estimação (2009)

Heloisa recebeu importantes prêmios, entre eles 4 Jabutis, um deles por Cidade dos deitados, da coleção Ópera Urbana, 2 prêmios União Brasileira de Escritores e vários Prêmios FNLIJ.

O músico convidado de 2015: BORGHETTINHO

Renato Borghetti, hoje um dos artistas brasileiros de mais sólida carreira internacional, é o compositor que estudaremos este ano na escola.

Para nossa alegria, ele aceitou nosso convite e terá sua obra ouvida e trabalhada por todas as turmas do infantil e do fundamental ao longo do 2º trimestre letivo.

Seu trabalho é instrumental e costuma entrar nos arquivos de etnomusic, world music, jazz fusion, mas em sua essência o que ele toca são nossas raízes gaúchas, em ritmos como vanerão, chote, milonga e chamamé. Isso nos coloca novos desafios no desenvolvimento do projeto, ao mesmo tempo em que traz excelentes oportunidades de enriquecer as experiências musicais de nossos alunos. Afinal, a sonoridade de sua gaita ponto facilmente conquista a todos!

Borghetti1

 

Borghetti comemorou em 2014 seus 30 anos de carreira, iniciados a partir de um álbum intitulado Gaita-Ponto, que, vendendo mais de 100 mil cópias, ganhou o primeiro disco de ouro da música instrumental brasileira.

Começou na música aos dez anos de idade, tocando uma gaita-ponto que ganhou do pai em Barra do Ribeiro.

Em pouco tempo já era atração no Centro de Tradições Gaúchas comandado por seu pai e, aos 16 anos, se apresentou pela primeira vez.

Em 1991 ganhou o prêmio disco do ano, na categoria regional, da Associação Paulista de Críticos de Arte.

Renato mescla folclore e modernidade em suas composições, tendo um estilo inconfundível. Tem mais de 20 discos gravados e dezenas de participações em gravações.

Excursionou por todo o Brasil e sua primeira viagem internacional foi em 1990, para shows no S.O.B.´s, de Nova York. Em 1995, estreou no Uruguai e na Argentina. Também já andou por diversos países da Europa, a partir de 1998, quando se apresentou em Portugal e na França. As tournés europeias, aliás, têm sido uma constante na vida do gaiteiro: cidades italianas (sua origem), passando ainda por festivais na Croácia, República Tcheca, Áustria e Alemanha. Na Áustria, onde se apresenta regularmente desde 2000, Renato se sente em casa, pois não há cidade em que não tenha tocado.

“Lá tenho até um fã clube, as pessoas vão a tudo que é show, saem de Viena para assistir em cidades do interior e vice-versa, sempre lotando os lugares”, conta.

No verão europeu, as apresentações são na maioria ao ar livre, para milhares de pessoas; mas também teatros, clubes de jazz, casas noturnas e centros culturais daqueles países e da França, Portugal, Hungria, Holanda, Eslovênia, Bélgica, Suíça têm programado a música do gaúcho.

Aos EUA voltou duas vezes, em 2006, uma delas no Festival do Acordeon de San Antonio, no Texas.

As formações do grupo alternam quartetos, quintetos e sextetos. Nas turnês europeias recentes atua o quarteto, com Daniel Sá nos violões, Pedrinho Figueiredo na flauta e sax e Vitor Peixoto nos teclados. Em outras circunstâncias, entram Arthur Bonill (violão sete cordas) com o qual Borghetti tem uma formação em Duo, Ricardo Baumgarten (baixo), Caco Pacheco (percussão) e Marquinhos Fê (bateria). É uma turma que se entende as mil maravilhas, cevada em estradas, aeroportos, palcos, bares e hectolitros de mate e cerveja na Fazenda do Pontal.

A sala de grandes janelas da casa de campo dos Borghetti, à beira do Guaíba, em Barra do Ribeiro, foi transformada em estúdio de gravação e lá foi gravado, em 2007, o dvd “Fandango!”, trabalho que mostra um Renato em meio a paisagens do Rio Grande, contando sua história desde o início, surpreendentemente falante. Neste registro, ele resolveu fazer o caminho inverso, levando para o ambiente rural a mais moderna tecnologia. Com direção do excepcional René Goya Filho, o dvd é o primeiro produzido no Rio Grande do Sul no formato HD (High Definition).

Também com direção de René, foi lançado em 2012 um vídeo documentário de suas andanças – o dvd “Renato Borghetti Quarteto: Europa” -, mostrando em detalhes a reação do público fora do país, a aceitação por parte da plateia e a surpresa de que a música executada por Borghetti, além do samba e bossa nova, também é brasileiríssima.

Mas, além de sua carreira como músico, Borghetti desenvolveu e mantém um projeto super bacana, chamado de Fábrica de Gaiteiros, que consta de uma fábrica de gaitas e de uma escola para as crianças aprenderem a tocar o instrumento. O músico, com a ajuda de sua filha arquiteta, Emily, recuperou um prédio histórico, em Barra do Ribeiro, onde hoje funciona a fábrica, inaugurada em junho de 2014, embora a fabricação propriamente dita, começada com o luthier Roni Tadeu, que consertava as gaitas de Renato, já exista desde 2010, com o apoio do Instituto Renato Borghetti de Cultura e Música e o patrocínio da Celulose Riograndense.

Dezenas de gaitas já foram feitas (são produzidas 3 por mês e elas não são vendidas, são apenas usadas na escola) e estão em uso pelos alunos da Escola de Gaiteiros em Porto Alegre, Guaíba, Tapes, Barra do Ribeiro, São Gabriel e Bagé.

Sobre a decisão da Fábrica produzir mas não vender gaitas, Renato diz que essa não é questão fechada, mas por enquanto não está aberta. Todas as gaitas produzidas vão para as escolas e são “que nem um livro de biblioteca: pode levar para casa, só tem que devolver dias depois para outro tocar”. Ele argumenta que a gaita de oito baixos é um instrumento de iniciação, como foi para Hermeto, Sivuca e ele mesmo. Enquanto isso, já há mais seis cidades na fila para receberem uma Escola de Gaiteiros.

Feliz com a realização de um sonho, ele repete para todos:

– Lá no futuro, um dia alguém vai perguntar por que tem tanto gaiteiro no Rio Grande. E alguém vai lembrar que muito disso começou com um projeto chamado Fábrica de Gaiteiros, inventado por um cabeludo maluco.

Borghetti2

 

Discografia:
1984 – Gaita Ponto – RNS Discos
1985 – Renato Borghetti – Som Livre
1987 – Renato Borghetti – RCA Victor
1988 – Esse tal de Borghettinho – RCA/BMG-Ariola
1989 – Renato Borghetti – Chantecler/Continental
1990 – O Melhor de Renato Borghetti – Som Livre
1991 – Borghetti – Continental
1992 – Pensa que Berimbau é Gaita? – RBS Discos
1993 – Renato Borghetti – RGE
1993 – Instrumental no CCBB (com Hermeto Paschoal) – RGE
1994 – Accordionist – Prestige Records
1995 – As 20 Melhores de Renato Borghetti – RGE
1996 – Gaúcho – RGE
1998 – Gauderiando – RGE
1999 – Ao Ritmo de Tio Bilia – RBS Discos/Som Livre
2001 – Paixão no Peito
2002 – Ao Vivo em Viena
2002 – Umberto Petrin & Renato Borghetti – Reunião
2002 – SESC São Paulo – A Música Brasileira Deste Século Por Seus Autores e Intérpretes
2005 – Gaitapontocom
2005 – Gaúchos (Quinton Recorde Viena)
2007 – Fandango
2011 – Andanças – Live in Brussels

Para saber mais e ouvir o músico, consulte seu site:
http://www.renatoborghetti.com.br/
Sobre a Fábrica de Gaiteiros consulte:
http://www.jornalnh.com.br/_conteudo/2014/12/webtv/108937-abc-do-gaucho-estreia-veja-o-borghettinho-e-sua-fabrica-de-gaiteiros.html
E ouça:
http://globotv.globo.com/rbs-rs/galpao-crioulo/v/a-fabrica-de-gaiteiros-projeto-promovido-por-renato-borghetti-toca-no-galpao-crioulo/2883313/

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No 3º trimestre, o trabalho estará focado na Bienal do Mercosul, quando cada série escolhe, dentre os artistas participantes da exposição, aquele(s) cujo trabalho tem relação com a linguagem explorada no ano.

Abaixo conheça os Artistas convidados dos anos anteriores:

20142013 | 2012