Celso Gutfreind (2) Vamos ao tema de novo. Ele é fundamental e sempre volta. Muitos pais estão acusando o livro O Menino que Espiava pra Dentro (3), de Ana Maria Machado (4), de incitar o suicídio. Há pouco tempo, com
Cinco razões infinitas para o medo do escuro (1)
Celso Gutfreind “Sono e morte, as tenebrosas águias Rodeiam noite adentro essa cabeça” Georg Trakl (2) Crianças, quando estão bem, perguntam muito. A resposta boa de um adulto não responde: provoca outra questão. Abre porta, inaugura campo; às vezes cansa
Mãe e pai (*)
Celso Gutfreind “Chegou ao fim a era das bonecas com traços realistas, época em que os adultos pretextavam supostas necessidades infantis para satisfazer as próprias necessidades pueris”. (Walter Benjamin) Mãe e pai fazem muita besteira com seus filhos. Isto ocorre
O Leitor (*)
Celso Gutfreind “Para a criança, as aventuras do herói ainda são legíveis no torvelinho das letras como figura e mensagem na agitação dos flocos.” (Walter Benjamin) Tudo tem história e se ata a partir de um começo. Depois, desata.
Páscoa para inglês e não inglês (*)
Celso Gutfreind “Eu queria dar ao menino umas asinhas de arame e algodão. Mas ele diz que não pode ser anjo, pois todos já sabem que ele é índio e leão.” Cecília Meireles – O
Brincar não é brincadeira (*)
Celso Gutfreind “E mesmo o pedante mais insípido brinca, sem o saber, de maneira pueril, não infantil, brinca ao máximo quando é pedante ao máximo”. (Walter Benjamim) Brincar não é brincadeira. Mas que brincadeira é esta? Logo a contaremos.
A Mãe, o Bebê e o Significado*
Celso Gutfreind “É notável que seja o uso da linguagem que sustente, provisoriamente, a resistência à tese do não ser.” (Paul Ricoeur) O bebê é mestre em persistir com o nonsense. Derrama gritos que ouvido nenhum poderia recolher. Explode em
Ler juntos: razão, sentimento e saúde (*)
Celso Gutfreind “Comer, dormir, vestir-se, lavar-se devem ser inculcados no pequeno irrequieto de maneira lúdica, com o acompanhamento de versinhos.” (Walter Benjamin) O psicanalista e ator, Eduardo Pavlovsky, deu o nome de espaço lúdico a um lugar que considerou sagrado
Poesia não se vende (*)
Celso Gutfreind “Provavelmente acontece o seguinte: antes de penetrarmos, pelo arrebatamento do amor, a existência e o ritmo frequentemente hostil e não mais vulnerável de um ser estranho, nós já teremos vivenciado desde muito cedo a experiência com ritmos primordiais…”
Negociando limites (*)
Celso Gutfreind “Vejo nas intrigas que inventamos o meio privilegiado mediante o qual reconfiguramos nossa experiência temporal confusa, informe e, no limite, muda…” (Paul Ricoeur) Cada criança tem um jeito original de negociar limites. E de não negociar. Pensar sobre