E se o tradicional Dia das Mães e Dia dos Pais fosse um só evento e celebrasse o que de fato representam? E mais: se fosse uma festa, sem padronizar a figura materna na mãe ou a paterna no pai e conseguisse dar conta de algo maior, que é o cuidado, o afeto, a família, mas não a família dita convencional, aquela formada por homem, mulher e crianças e sim a família real: a que se forma nos laços do amor? E se houvesse essa data? E se essa data fosse festa?
Uma escola que é viva, que se transforma e que entende o conceito de educação como algo para compreender o mundo precisava questionar seu próprio funcionamento. Sempre. É por isso que, há alguns anos, o Dia das Mães ou o Dia dos Pais, comemorado agora em agosto, caíram do calendário de atividades especiais da escola, cedendo espaço para uma outra homenagem: uma homenagem às famílias.
“Nossa escola é constituída por diferentes tipos de famílias, com crianças que têm um pai e uma mãe, só o pai ou só a mãe, e também com crianças que têm duas mães ou dois pais, em relações homoafetivas ou com núcleos formados por adoção, ou, ainda, com avós na função dita paterna ou materna… Não fazia mais sentido para a gente seguir em um formato de comemoração que não dava mais conta de um conceito muito caro para nós: o da diversidade”, conta Beth Baldi, diretora pedagógica da Escola Projeto.
Ser espelho dessa diversidade encontrada no dia a dia da escola, na sala de aula, nas reuniões, no contato com as crianças, virou marca da festa das Famílias, batizada de Projeto em Família, evento que acontece em duas ocasiões no ano escolar. Em agosto, para as famílias do Fundamental, e em outubro, na Educação Infantil. Sábado agora, dia 31, é dia de as crianças de 1º a 5º ano aqui da escola atravessarem o portão do colégio na companhia de seus familiares. A escola é de todos, está aberta, festiva, e a ideia é explorar recantos desfrutando de leituras, jogos e atividades artísticas pensadas em conjunto com os alunos e as alunas.
“É sempre um momento muito importante, de confraternização das famílias, que podem conviver umas com as outras em torno de música, pintura, jogos e brincadeiras, entre tantas outras possibilidades, conforme a programação proposta. Familiares que tocam algum instrumento, por exemplo, podem se juntar à roda do professor Ianes, e está feita a festa!”, ilustra Beth.
No mês que nos dedicamos a mostrar para você as diferentes formas de conectar família e escola em torno dos processos de aprendizagem das crianças, celebrar com muita arte parece ser o final feliz mais esperado de agosto, não é? Em outubro, é no Infantil, e a alegria vai ser a mesma! Viva a família na sua expressão mais real e verdadeira!