Gabriela Ribeiro Filipouski (*)
Quantas vezes a gente se pegou pensando sobre o quanto é preciso proteger nossas crianças de muitas coisas que as cercam na atualidade? Além dos perigos que já atormentavam nossos pais, quando éramos pequenos(as), temos ainda que lidar com situações com as quais muitos(as) de nós possuem pouca familiaridade, especialmente as relacionadas ao mundo virtual e que podem envolver o acesso a sites, jogos e programas com conteúdos desconhecidos (às vezes, duvidosos), youtubers…
Como nos mantermos informados e acompanhar isso tudo que possui enorme apelo para nossos(as) filhos(as)? Chega a dar um certo desespero, não? Parece até que antigamente era mais fácil, mas não tenhamos ilusões: cada época tem suas próprias dificuldades e, convenhamos, criar filhos(as) sempre foi e será uma tarefa difícil.
Atualmente, sobretudo em nossa realidade social, as crianças são cada vez menos incentivadas a realizar algumas tarefas sozinhas (quem esteve na última “Roda” deve lembrar bem do quanto falamos sobre isso…), mas a independência para atividades do cotidiano, aparentemente pequenas, é uma atitude importante e protetiva que pode decorrer da formação do pensamento crítico.
Trocando em miúdos, isso significa que os(as) pequenos(as) também podem aprender a se proteger por conta própria. A ideia aqui não é desvalorizar o papel dos(as) cuidadores(as), mas colocá-los(as) em um lugar de apoio à construção do pensamento crítico nas crianças.
Será que temos como ajudá-las a pensar criticamente? Podemos ensiná-las a avaliar o que é de qualidade, o que são conteúdos interessantes e/ou vazios a serem observados no que veem ou leem?
O pensamento crítico auxilia na formação de ideias próprias. A partir dele, as pessoas podem pensar por si mesmas, aprendem a se expressar, a avaliar dados do meio em que estão inseridas e a formar opinião, fortalecendo a autoestima.
Parte dessa construção é tarefa da escola e consequência de conhecimentos e valores aprendidos, bem como de modos de conviver e interagir socialmente.
E a família, que papel ela possui nessa construção? É possível colaborar, incentivar e ter crianças capazes de pensar sobre e avaliar criticamente diferentes situações?
Esses e outros questionamentos serão objeto da nossa próxima Roda de Conversa, que acontecerá na quarta feira, dia 29, das 19h às 20h. Agendem-se e venham conversar com a gente!
(*) Psicóloga que coordena as Rodas de Conversa com as Famílias da Projeto, desde abril deste ano, e mãe do Bernardo, aluno do 3º ano da escola.