Tatiana Cruz
Já imaginou como seria poder ver quem você mais ama na sala de aula da sua escola, compartilhando experiências com seus colegas? Já pensou como rostos conhecidos, familiares, podem tornar o espaço do saber ainda mais cheio de afeto e importância? Nós, da Projeto, acreditamos na parceria das famílias na construção de uma educação para compreender o mundo. E é por isso que, volta e meia, nossos alunos e alunas vão poder desfrutar da presença de pais, mães, tios, irmãos, avós em sala de aula, conversando sobre suas profissões e vivências.
Quem já teve a sorte de vivenciar um desses momentos certamente saiu impressionado com a força dessa integração entre família e escola: educar é criar pontes, uma magia que acontece até mesmo quando um avô ensina o neto e seus coleguinhas como eram as brincadeiras de seu tempo de criança. Difícil não perceber o olhar orgulhoso do neto. Difícil não perceber a alegria do avô em poder compartilhar suas vivências. Difícil não perceber como a educação pode ser tão democrática, a ponto de gerar trocas de saberes nas relações mais prosaicas.
A garantia desses momentos de encontro entre família e escola acontece de maneira sistemática aqui na Projeto. Além das reuniões previstas no calendário, da troca de mensagens pela agenda e de um intercâmbio constante passível de encontros individuais com coordenação e responsáveis, esse contato ganha espaço inclusive no cronograma curricular. Tem o dia em que as famílias encontram os artistas convidados da escola para conhecer suas respectivas obras (escritor, músico ou artista visual), existem os Sábados Culturais, que propiciam a aproximação com diferentes espetáculos infantis, a Festa da Família, quando a escola abre as portas para que todos possam usufruir do conhecimento ali acumulado e, claro, os convites para que familiares dos estudantes venham à sala de aula dividir com as turmas dos filhos seus conhecimentos. Pode ser um arquiteto que vai falar sobre prédios antigos de Porto Alegre, uma jornalista dando dicas para os alunos fazerem entrevistas ou até mesmo, como acontece com os pequenos, do Grupo 3, um avô ou uma avó falando das brincadeiras de antigamente.
“O projeto Brinquedos e Brincadeiras de Antigamente tem como um dos objetivos propiciar experiências às crianças para que conheçam os brinquedos e as brincadeiras da época de seus avós ou pessoas mais velhas da família que vivenciaram tais atividades. As crianças levam para a casa um tema, que é entrevistar alguém que conheça brinquedos ou brincadeiras de antigamente e que possam contribuir com informações para o estudo. Essas pessoas também são convidadas a vir à escola para mostrar o brinquedo ou ensinar as brincadeiras para a turma toda”, explica Beth Baldi, diretora pedagógica da Projeto.
Neste ano, as crianças do Grupo 3, através desse projeto, puderam se divertir jogando Caçador com a Rose, avó do João, e se familiarizar com o bilboquê, brinquedo
trazido pelos avós da Fernanda, Alberto e Solange, para a sala de aula, entre outras experiências.
Não é o máximo aprender assim? Fica ligado aqui no Blog que esse mês, em que teremos mais uma Festa da Família, agora do fundamental, vamos falar sobre todos esses pontos de contato com os familiares das crianças. Não perca!