No dia 11/05, a turma 41 teve uma experiência muito bacana com a ceramista Aline Cherubini, em seu próprio studio. A turma teve a oportunidade de manusear, construir e entender as diferentes etapas da cerâmica utilitária. Foi uma manhã linda, de sol, e de muita energia boa. Quer entender um pouco mais? Dá uma lida no texto a seguir, criado pela Aline.
“Tudo começa sovando muito bem a argila para tirar todo e qualquer ar que tenha nela, bolhas na massa podem ser um problemão… de rachaduras a explosões dentro do forno que podem por a perder muitas peças daquela queima – e ninguém quer isso, não é mesmo?
Depois de sovar a massa eu gosto de fazer uma esfera com ela e jogar com toda a força na mesa para já achatar um lado e o outro vou amassando com a mão até formar uma “panqueca” bem grossa que ficará entre dois pedaços de tecido para ir a minha amada plaqueira até ficar de espessura ideal.
Aí, para tirar as marcas da textura do tecido eu uso essa chapinha de aço que aparece na foto em formato de rim que se chama, rim mesmo…
Uso essa ferramenta nas duas faces da placa até ela ficar bem lisinha e usando um gabarito corto a placa, posiciono ela sobre o molde de gesso e então se dá início a modelagem propriamente dita.
Delicadamente, com as duas mãos, abaixa aqui, sobre de á, abaixa aqui, sobre daqui, repete tudo isso, com calma, se não a placa quebra e põe tudo que foi feito aqui no lixo. Esse jogo de abaixa/sobe é feito sobre um torninho de mesa por um bom tempo (na cerâmica não adianta ter pressa, o tempo do barro é bem outro) e quando a placa tiver adquirido o formato do molde está pronto.
Só que não.
Aí corta o que sobrou de rebarba, guarda para uso posterior (não se perde nada de argila nesse processo porque é caro e amamos nosso planetinha azul) e espera para poder tirar a peça do molde.
Mas não muito! Se não racha.
E com calma, delicadeza para não amassar a peça, mas também com um só movimento, pelo mesmo motivo e tcharãããm… Temos um lindo pratinho, que precisa secar por dias para dar acabamento, queimar, esmaltar, queimar novamente… e aí cada etapa é mais um textão e eu amo!”