Débora Pessato (*)
O ensino remoto invade nossas rotinas. É o que temos, neste momento, e que bom que existe essa possibilidade. É o jeito de estarmos juntos(as), de fazermos aquilo que é preciso, buscando a melhor forma de partilhar conhecimentos, conversar, trocar afetos e estar presente, mesmo que pela tela do computador, do notebook, do tablete ou do celular. Como disse uma aluna do 4º ano: “não é fácil, mas seguimos fortes”.
Eu, como professora de informática da escola, posso afirmar que foi exaustivo implementar as plataformas, dar suporte à equipe, às famílias e às crianças. Porém, todos se empenharam para chegarmos onde estamos hoje, como sempre acontece na Projeto.
Sou suspeita para falar sobre tecnologia, pois sempre gostei da área, que, desde criança, é a minha “praia”, como dizem. Acredito na tecnologia como uma ferramenta essencial para o trabalho da escola, tanto na parte administrativa, como na pedagógica, e também na relação com a comunidade escolar.
E hoje posso dizer, com satisfação, que o ensino remoto da Projeto está acontecendo e tem sido gratificante estar (virtualmente) com as crianças, com a equipe e ver o quanto aprendemos até aqui.
As turmas da Educação Infantil e do Ensino Fundamental têm encontros diários pelas telinhas, o que é um desafio para todos e todas, uma experiência única que requer esforço significativo. São muitas demandas acontecendo, ao mesmo tempo, em nossas casas, e várias informações e novidades para assimilar.
Mesmo que tenhamos de permanecer atentos(as) aos usos, às vezes nocivos, da tecnologia, acredito que este é o momento de reconhecermos seu valor – se é que ainda não o fizemos -, construindo as possibilidades de usá-la a nosso favor, para seguir promovendo novas formas de ensinar e de aprender.
A tecnologia digital, agora mais do nunca, permeando as nossas vidas como uma grande aliada, nos permite rever e inovar nossas práticas diárias de ensino e de troca de afetos.
Temos saudade da “vida real”, sem dúvida, sentimos falta da convivência e das conversas presenciais, assim como dos abraços, mas a tecnologia nos salvou, em muitos aspectos, não é mesmo?
Como sempre há aprendizados e, portanto, algo de bom que se pode tirar como lição, mesmo dos momentos difíceis, convido vocês a pensarmos: o que aprendemos com tudo isso? E como podemos, cada vez mais, utilizar a tecnologia a nosso favor?
(*) Professora de Informática na escola.