Por que é importante que os responsáveis compareçam às reuniões?
Fundamentalmente, para que conheçam a escola de seus filhos mais a fundo: o que e como pensam seus profissionais, como trabalham e agem para atingir os objetivos a que se propõem, em que acreditam. Da mesma forma, se você está presente aos encontros permite que a equipe da escola o conheça. Esse conhecimento mútuo precisa ir se construindo, desde o momento em que seu filho passa a frequentar a escola, sendo, ao mesmo tempo, favorecedor e fruto de um diálogo mais produtivo e, cada vez mais aprofundado e próximo, o qual certamente beneficiará seu filho.
As reuniões gerais são somente 5 no ano: quatro com a professora e equipe de série, no início do ano e no final de cada trimestre (no ensino fundamental) ou semestre (educação infantil), e uma geral, com todos os professores, sempre em novembro. E são importantes não só pelo seu conteúdo pedagógico, mas também pelo contato interpessoal que nelas se estabelece entre os pais e com a professora e equipe da série: conhecer e se relacionar com os outros pais da turma de seu filho, nessa instância, pode ser interessante, se você é novo na escola para conhecer e ser conhecido, e se você não é novo, para estreitar os laços.
As datas desses encontros estão todas listadas, por mês, nas agendas dos alunos (seção “Nosso Calendário”), assim como no site da escola, o que facilita a organização prévia das famílias para o comparecimento. Além disso, uma semana antes, sempre enviamos bilhetes, lembrando sobre as reuniões e informando seu tema e momentos.
Como são pensadas as reuniões gerais com as famílias na escola? Com que objetivos e formatos?
Os assuntos das reuniões não são aleatórios, ou seja, são previamente pensados para ir ao encontro dos interesses ou necessidades da série, conforme o momento do ano, de acordo com o currículo escolar. Ou seja, temos um plano de reunião de pais para cada etapa da escolaridade (educação infantil e ensino fundamental), através do qual os assuntos que acreditamos serem importantes aprofundar com os pais são distribuídos ao longo das reuniões de cada ano. Assim, por exemplo, o assunto ORTOGRAFIA é abordado na 1ª reunião do 2º ano, porque é nessa série que esse trabalho começa de forma mais sistemática; acreditamos ser muito importante, então, apresentar aos pais, nesse momento, os seus objetivos e o modo como é desenvolvido, trazendo exemplos de textos dos alunos e de propostas realizadas a partir deles. Portanto, se você “perde” essa reunião, fica sem a oportunidade de entrar em contato mais aprofundado com esse tema tão importante que passará a ser trabalhado com seu filho, podendo encontrar alguma dificuldade em acompanhá-lo ou entendê-lo.
Temos organizado as reuniões em 2 momentos: em geral, no 1º, que tem duração de 30min, há a apresentação de algum assunto (aquele especialmente escolhido para a série e época do ano, de que falávamos acima) pela equipe da série (professores e coordenadora), a todos os pais da série; num 2º momento, com duração de 1h, os pais, reunidos com a professora de seu filho, conversam a partir do tema desenvolvido antes, mas com enfoque na produção da turma, podendo-se também discutir outros assuntos a partir de questões ou dúvidas dos pais em relação à avaliação do trimestre. Nos parece que é um tempo suficiente, nem tão longo, nem tão curto, que contempla diferentes necessidades, dos pais e da escola, oportunizando, com organização e planejamento, a troca de informações e a interação capazes de sustentar um processo de educação que se faz em conjunto.
Acreditamos que essa parceria, tão necessária, entre pais e escola, não acontece magicamente: ela tem de ser construída no dia a dia e isso inclui esses momentos preciosos de reunião, em que podemos conversar e tematizar assuntos relacionados ao trabalho escolar de forma um pouco mais tranquila.
As reuniões individuais não seriam mais produtivas? Ir nas reuniões individuais não basta?
As reuniões individuais que oportunizamos (e que podem ser agendadas pelo caderno de recados ou e-mail) também visam esclarecer os pais sobre a proposta da escola, na medida em que, de alguma forma, essa proposta sempre perpassa as questões individuais dos alunos (objeto principal dessas reuniões), mas elas devem ser complementares e não a única forma através da qual os pais façam contato com a escola. Além disso, vocês hão de concordar que reuniões individuais para tratar de assuntos que já foram tratados em reuniões gerais são, no mínimo, um desperdício de tempo, na medida em que as coordenadoras e/ou professoras com elas envolvidas poderiam dedicar-se nesse tempo a outras tarefas de qualificação do trabalho escolar, em vez de estarem repetindo uma determinada apresentação. Não que não seja importante repetir ou que, às vezes, mesmo pais que estiveram presentes na reunião geral não precisem retomar algum assunto, sob outra forma ou em função de uma questão específica do seu filho ou da série que os deixou em dúvida. E isso fazemos e continuaremos fazendo com prazer e de modo incansável, cientes da importância dessa tarefa para obter da família a sintonia e a parceria necessárias ao bom desenvolvimento de seu filho. O problema é só quando parece não haver uma consideração com o coletivo.
Leituras indicadas:
Matéria em edição da Revista Veja, de agosto/2009:
http://veja.abril.com.br/050809/licao-casa-pais-p-122.shtml